Simone Aparecida Dupla

 

PRODUZINDO CONHECIMENTO ACERCA DOS ESTADOS TOTALITÁRIOS: ENTRE TEORIA E PRÁTICAS 

 

Em tempos sombrios, como o que assola o país, os conteúdos abordados no terceiro ano do Ensino Médio, nos permite refletir acerca dos Estados Totalitários e como tais concepções podem parecer sedutoras em um contexto em que a violência é privilegiada em detrimento do conhecimento e os aspectos de cidadania assumem um discurso ultranacionalista, cujos adjetivos flertam com a possibilidade de um controle social que visa à eliminação do Outro, este Outro entendido como aqueles que se opõem a tais ideias autoritárias e pautam pela criticidade que deveriam permear nossos processos democráticos.

 

Não é tolo afirmar, que passamos por um momento turbulento, onde o diálogo, a empatia e os aspectos, mesmo que controversos, do Estado de direito, têm sido assombrados pelos fantasmas de governos autoritários e totalitários e que estes espectros pairam na mente dos mais incautos dos nossos cidadãos e se reflete nas mídias as quais eles têm contato, principalmente quando falamos dos nossos jovens, que tristemente se enveredam por estes caminhos por meio de jogos, podcasts, tic-tocs, programas midiáticos e políticos que militam nesse sentido.

 

No meio de tal tempestade de descontrole emocional e falta de civilidade há aqueles que questionam os caminhos que se encontram na bifurcação entre a barbárie e a civilização. Nesse sentido, o conteúdo abordado na terceira série do Ensino Médio, na disciplina de Sociologia e História, permite não apenas conhecer os tipos de estados e suas características, mas também produzir conhecimento e entender aspectos sutis ou não que nos fazem tender a este ou aquele Estado e quais mazelas pode-se evitar ao reconhecê-los.

 

É importante colocar que História e Sociologia se confraternizam em diversos conteúdos e com as formas de Estados modernos não seria diferente, assim seria impossível abordá-los sem que passássemos pelos contextos históricos de suas criações. História e Sociologia se entrelaçam na compreensão do passado e do presente e permitem um olhar mais amplo do nós agora, dos Outros que já se foram e daqueles que como viúvas choram e clamam pelos seus ídolos caídos.

 

Eu gostaria de abordar o descaso que a disciplina de Sociologia vem passando no Estado do Paraná, e como a redução dela para uma aula semanal, de cinquenta minutos, vem não apenas delimitando os temas a serem trabalhados como também tal supressão tem conseguido que a barbárie emerja, principalmente entre os mais jovens, cujos níveis de violência estão relacionados à falta de empatia, a negação do direito do outro, ao respeito à diversidade e a compreensão da própria realidade, objetos estes de estudo da Sociologia, mas deixemos para outro texto estas conjecturas e nesse pequeno relato de experiência trataremos apenas da produção de conhecimento sobre as formas e tipos de governos.

 

Por onde começamos...

Fome, inflação, violência assolam o país, em cada esquina pessoas se amontoam pedindo por ajuda financeira, por comida, por dignidade. Os empregos são escassos e quando existem são precários, impossibilitando muitas famílias de terem um teto sob sua cabeça e mesa posta para saciar sua fome. Emerge nesse contexto, diversas vozes, que se traduzem em movimentos desorganizados, mas que em comum têm ideias que perpassam entre o saudosismo de um passado glorioso e o sonho dantesco de um futuro pautado no etnocentrismo, entre os inimigos comuns estavam o comunismo e um grupo de pessoas cujas perseguições e acusações perduram há séculos: os judeus.  Nos anos que se sucedem a Primeira Guerra Mundial uma sombra tomou forma em muitos países europeus, principalmente na Alemanha e Itália, cujas características análogas serão traduzidas posteriormente pelo termo nazifascismo.

 

Há uma ponte que liga o nós dessa história do tempo presente e o Outros, àqueles dos países de além mar, que pós a Primeira Guerra viram-se nesse contexto de fome e pobreza tanto econômica quanto social. Nesses contextos borbulhavam as ideias de extermínio dos mais fracos para a glória dos que erroneamente se acham fortes e dignos de existir. Hannah Arendt (1991) afirma em seu livro “As origens do Totalitarismo”, que borbulhava em muitos países europeus o ódio aos judeus e que o furor da ralé era alimentado pelos discursos da burguesia, que propunha as mais violentas formas de solução para a questão judaica. Aos poucos pessoas de diferentes extratos sociais se uniram em torno desses desejos comuns, formando movimentos onde se sobressaiam um ou outro líder, estes diziam o que as massas esperavam ouvir, galgavam postos mais elevados e ganhavam espaço nas mídias da época.

 

Hannah Arendt nos explica ainda, ao abordar os regimes totalitários (nazismo, stanilismo), que tais movimentos:

 

“são possíveis onde quer que existam massas que por um motivo ou outro, desenvolveram certo gosto pela organização política. As massas não se unem pela consciência de um interesse comum e falta-lhes aquela específica articulação de classes que se expressa em objetivos determinados, limitados e atingíveis. O termo massa só se aplica quando lidamos com pessoas que, simplesmente devido ao seu número, ou à sua indiferença, ou a uma mistura de ambos, não se podem integrar numa organização baseada no interesse comum, seja partido político, organização profissional ou sindicato de trabalhadores. Potencialmente, as massas existem em qualquer país e constituem a maioria das pessoas neutras e politicamente indiferentes, que nunca se filiam a um partido e raramente exercem o poder de voto” (ARENDT, p. 361, 1991).

 

Dessa forma, as massas que se formam, nesse contexto, dispensam engajamento político, a existência de partidos ou agremiações, desmerecem organizações e instituições democráticas, clamam por uma nova ordem e esperam ser pastoradas. Essas massas traduzem-se em movimentos totalitários, que agregam pessoas de diversos extratos sociais. Hannah Arendt acredita que:

 

“Os movimentos totalitários objetivam e conseguem organizar as massas — e não as classes, como o faziam os partidos de interesses dos Estados nacionais do continente europeu, nem os cidadãos com suas opiniões peculiares quanto à condução dos negócios públicos, como o fazem os partidos dos países anglo-saxões. Todos os grupos políticos dependem da força numérica, mas não na escala dos movimentos totalitários, que dependem da força bruta, a tal ponto que os regimes totalitários parecem impossíveis em países de população relativamente pequena, mesmo que outras condições lhes sejam favoráveis” (ARENDT, p. 357,1991).

 

Ao pautar pela força bruta, os movimentos totalitários serão seguidos por aqueles que preferem a violência ao diálogo, obedecer sem questionar, impor ao dialogar, e essas ideias darão legitimidade quando da formação dos governos totalitários. É nesse contexto, que burguesia e ralé encontraram um objetivo comum, embora a primeira apenas fizesse uso da segunda, nesse momento entrelaçam-se como numa dança macabra. Mas é preciso não confundir a ralé com o povo:

 

“A ralé é fundamentalmente um grupo no qual são representados resíduos de todas as classes. É isso que torna tão fácil confundir a ralé com o povo, o qual também compreende todas as camadas sociais. Enquanto o povo, em todas as grandes revoluções, luta por um sistema realmente representativo, a ralé brada sempre pelo "homem forte", pelo "grande líder". Porque a ralé odeia a sociedade da qual é excluída, e odeia o Parlamento onde não é representada” (ARENDT, p.129, 1991).

 

A ralé adorava seus líderes como heróis, preferiam as ações extraparlamentares, e em dado momento assumiu ares militarizados, inclusive somando-se aos exércitos (ARENDT, 1991).  Por fim, instalavam-se os governos totalitários, cujas características principais são pautadas no terror e no controle total do público e do privado.

 

Muitas características desses governos são perceptíveis na atualidade, principalmente em países da América Latina, onde desde 2015 se vêm lutando contra o retorno de governos despóticos, como é o caso da Bolívia, cujo golpe destituiu o presidente legalmente eleito e porque não dizer do Brasil, onde percebe-se que os gritos da ralé, alimentados pelos discursos da burguesia vem dando vazão aos mais diversos tipos de violências.

 

E são as características desses governos que foram trabalhadas em sala de aula juntamente com outras formas de governo, não com o intuito de demonstrar que este ou aquele é melhor, mas de que o educando pudesse identificar os discursos e as características destes, tanto no seu contexto de criação quanto para sua realidade. Dessa forma, foi preciso pensar em uma abordagem dos estados totalitários que permitissem ao educando entender as características e produzir conhecimento que permitissem dialogar com a realidade que nos encontramos. Isso parece fácil, não é mesmo?

 

Metodologias ativas em um universo de Foice e Enxada

Pois bem, para abordamos o totalitarismo, passamos antes pelos conceitos de poder de Max Weber, para o autor, poder é “toda probabilidade de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contra resistência, seja qual for o fundamento dessa probabilidade (WEBER, 1994, p.33)”. Max Weber analisa o poder sobre a óptica do Estado e nos dá também os conceitos de Estado e Política, visto que para ele, a política é uma atividade do estado sobre o exercício do Poder. Anteriormente já havíamos discutido com os terceiros anos, os tipos de poder (Econômico, Ideológico e Político), a divisão do poder político (Executivo, Legislativo e Judiciário), inclusive os alunos realizaram uma atividade onde deveriam elaborar e votar projetos de lei, o que permitiu que entendessem como os jogos dentro do poder político funcionavam, pudesse olhar de forma mais atenta e ampla sua realidade, propondo ações que poderiam mudar aspectos considerados importantes em suas comunidades, cidade ou escola. Assim, o objeto de conhecimento: formas e exercício de poder veio contemplar além dos estados liberal, socialista, neoliberal, bem-estar social e o estado nazista, este último constituindo-se pelo totalitarismo.

 

As diretrizes, do Estado do Paraná, no que tange às formas de abordagem dos conteúdos, têm exigido dos professores o uso de metodologias ativas, sob o discurso de que o aluno deve ser o protagonista nos processos de ensino-aprendizagem. No entanto, as instrumentalizações necessárias estão longe de ser acessíveis para um sistema de ensino qualificado erroneamente como “Finlândia brasileira”, visto que o acesso à internet é um fator preponderante quando falamos de mídias interativas, nesse sentido ainda usamos foice e enxada maquiladas de acesso a aplicativos, é como se eu desenhasse o aplicativo no quadro e pedisse que os alunos clicassem nele. Deixando de lado esses entraves entre a prática e o discurso oficial e o contradizendo na questão epistemológica, optamos por uma forma de produção que pudesse contemplar aqueles que têm acesso à internet e à grande maioria dos educandos que não tem.

 

Para que os alunos pudessem produzir conhecimento acerca de tais estados, fizemos discussões sobre das características dos estados autoritários e totalitários, trazendo imagens, slogans e discursos do nazismo e do fascismo. Para que as particularidades pudessem ser observadas foi proposto que os alunos criassem um quadro comparativo, abordando neles o estado liberal presente nas ideias de Montesquieu e John Locke àquelas do estado nazifascista.

                                                                                     

A partir de tal quadro, os alunos foram divididos em grupos e escolheram um dos estados do quadro comparativo para criar um álbum de figurinhas sobre ele. O álbum foi orientado de forma que eles pudessem pesquisar mais a fundo as características do tema selecionado. Assim, o trabalho foi disposto em: 10 (dez) figurinhas, sendo que cada uma devia conter um desenho que representasse uma característica do tema selecionado e uma frase correspondente.  Destas figurinhas, 2 (duas) deveriam ser dos principais representantes; 5 (cinco) com as características do tema correspondente e 3 (três) com um tema de aprofundamento, selecionado entre papel das mulheres, dos jovens ou a questão da eugenia, no caso do estado nazifascista. Cada figurinha deveria também conter uma legenda ou pequeno histórico. Ao final do trabalho os alunos deveriam colocar sua conclusão sobre o assunto.

 

Imagem 01: Produção dos alunos

 Fonte: Acervo particular do autor.

 

Os alunos reuniram-se em grupos e ao final do prazo entregaram seus álbuns de figurinhas, explicando que características selecionaram e o tema de aprofundamento. Por fim, falaram de suas conclusões sobre o trabalho realizado.

 

Algumas considerações

Durante as aulas, os alunos questionaram muitas vezes sobre a similaridade de características vigentes no estado totalitário e nosso contexto histórico, principalmente quanto ao que tange ao racismo e aos discursos de ódio presentes na nossa sociedade. Mesmo que sejamos demasiadamente humanos para acreditar que exista uma categoria sub-humana, como colocou Boaventura Santos, nosso combate contra o extremismo racionalista e dogmatista tem um longo caminho a percorrer na sociedade brasileira, pese a isso, a existência do projeto reacionário, que como apontou o autor:

 

“partilha com o extremismo racionalista e dogmatista a ideia de que a modernidade ocidental criou demasiados seres humanos e que é necessário distinguir entre humanos e sub-humanos, mas não pensa que tal deva decorrer de engenharias de intervenção técnica, sejam elas de morte ou de melhoria de raça. Basta que os inferiores sejam tratados como inferiores, sejam eles mulheres, negros, indígenas, muçulmanos” (BOAVENTURA SANTOS, 2017).

 

Conhecer as formas de governo é importante para alunos do Ensino Médio, pois os permite compará-los entre si e ao seu contexto, mas tal conhecimento deve relacionar as características a sua realidade a fim de que possam reconhecer, criticar, analisar e mudar os rumos de sua história. No entanto, tais reflexões demandam tempo e com a supressão da carga horária das disciplinas de Ciências Sociais e a massa manipulada sistematicamente pedindo sua eliminação total dos currículos, sentimos uma sombra se aproximando a cobrir nosso horizonte colorido pela pluralidade de ideias e respeito à alteridade. Vale lembrar ainda que os pressupostos de cidadania fazem parte do currículo escolar, mas têm se fragmentado dentro das concepções da BNCC e das diretrizes estaduais, que embora a evoquem continuamente deixaram de aplicá-la efetivamente, principalmente quando da criação do Novo Ensino Médio.


Referências biográficas

Dra Simone Aparecida Dupla, professora da rede estadual do Paraná.

 

Referências bibliográficas

ARENDT, Hannah. As origens do totalitarismo. Anti-semitismo, imperialismo, totalitarismo. Cia das Letras, São Paulo, 1991.

 

SANTOS, BOAVENTURA DE SOUSA. Horizonte, precisam-se. JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias, 10-05-2017. Disponível em: https://saladeimprensa.ces.uc.pt/index.php?col=opiniao&id=17116, consultado em 24/06/2022.

 

WEBER, M. Economia e Sociedade. Brasília - DF: Editora da Universidade de Brasília, 1994.

8 comentários:

  1. miriam bianca amaral ribeiro12 de setembro de 2022 às 13:49

    Vcs consideram plausível ou pertinente a inserção dos conceitos de negacionismo e de usos públicos da história para esse contexto de atividade pedagógica, pergunto.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Miriam, gratidão por ler meu texto.
      Creio que não precisamos inserir tais conceitos, uma vez que eles são desprovidos de veracidade ou cientificidade, e como tais discursos estão presentes na atualidade, ele acabam vindo a tona nas discussões, por vezes trazidos pelos próprios alunos. Acabamos trabalhando e desmitificando tais ideias no decorrer das discussões e explicações, mas não creio que devamos propiciar plateia a produções duvidosas.

      Excluir
  2. Que trabalho incrível! Adorei como você propôs uma solução para que todos os alunos pudessem participar da dinâmica. Sou graduanda em história e o que mais preocupa é a carga horária reduzida da nossa disciplina. Quando não "dá tempo" de abordar todo o conteúdo em sala, o que você pensa que poderia complementar a aprendizagem desses alunos? (para além da confecção do álbum)

    Por: Jéssica Vitória Gaspar Freitas

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Gratidão por ler meu texto, Jéssica.
      Creio que isso vai depender da turma e das formas de abordagens para os nossos conteúdos, mas no geral, percebo que os alunos gostam de trabalhos em grupo e de pesquisa. Algumas turmas gostam de falar, apresentar, outras preferem apenas produzir, então tudo vai depender do planejamento e do perfil da turma. Recentemente meus alunos realizaram uma atividade de pesquisa sobre os estados no Brasil e suas características, para isso tinham que produzir um vídeo, tendo por base os estados estudados, relacionando ao conceito de estado de Marx e Weber e aos tipos de dominação, deste último. Alguns preferiram apenas passar o documentário, os quais narraram na produção, outros além de passar também apresentaram, gerando um debate muito bom posteriormente. Então, mesmo que o tempo seja "curto", rs, a gente vai se adaptando, criando estratégias, abordando o conteúdo a partir da pesquisa dos alunos, de uma imagem, de uma frase. Não devia ser assim, e, espero que isso mude e nossas disciplinas tenham o respeito e o reconhecimento que merecem.

      Excluir
  3. Parabéns pelo texto professora Simone Aparecida Dupla! A metodologia empregada para pensar os sistemas políticos com os alunos é incrível, além de trabalhar com a interdisciplinaridade, o que seria um excelente projeto educacional! Eu não tenho uma questão propriamente dita, mas gostaria de saber se tem mais dessa sua pesquisa publicada! Se sim, onde eu posso ter acesso!
    Álvaro Ribeiro Regiani

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Gratidão por ler o texto.
      O projeto não foi publicado, mas pretendo fazer uma coletânea das práticas desse ano, em especial, para publicação posterior. No primeiro momento apenas foi executados com os alunos, o texto diz respeito a um relato de experiência e uma maneira alternativa de trabalhar conceitos e características desses estados de forma que o aluno produza conhecimento.
      Espero publicar em breve.

      Excluir
  4. Bom dia, primeiramente quero parabenizar pelo trabalho realizado, pois é mais uma afirmação da necessidade de abordagem mais profunda dentro da sala de aula sobre os regimes totalitários que ganharam força em várias regiões do mundo apartir do século XX. Sua pesquisa partiu de um trabalho realizado em sala de aula, nesse sentido, houve dificuldade durante a aprendizagem dos alunos em compreender as ideologias de poder e/ou sobre relacionar práticas totalitários do passado com práticas de governos atuais? Atenciosamente:
    Everlly Silva Bezerra de Lima

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Everlly, creio que sempre tem dificuldade, principalmente com alguns discursos vigentes negacionistas, que não se pautam em trabalhos sérios ou se traduzem em fake news. Durante os debates surgiram algumas questões, as quais trouxe trechos de documentários, relacionei aos conceitos os quais trabalhamos. Posteriormente a confecção do álbum conversamos sobre o que foi apreendido e como tais características estão presentes na contemporaneidade, de formas sutis ou não. Um caso que me chamou atenção ocorreu em outro conteúdo trabalhado, os estados no Brasil, nesse trabalho, os alunos deveriam fazer um vídeo e relacionar o conceito de estado de Marx e Weber, além de apontar as características desses estados e o tipo de dominação de Weber, para isso, criariam um vídeo, no estilo documentário, seguindo as orientações. Após o término da apresentação sobre o estado durante a ditadura brasileira, um aluno me procurou dizendo que o grupo havia passado só as coisas 'ruins' e não tinha falado das 'boas', essa frase possibilitou outras discussões, o que contribuiu para que entendessem que nada de positivo pode vir de governos autoritários ou totalitários. É importante salientar, que estamos falando de personalidades jovens, que podem se iludir com os atuais discursos sobre a temática, nesse sentido é nosso papel apontar os erros de tais discursos e contribuir para um pensamento mais humano e crítico a cerca da realidade.

      Excluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.