A HISTORICIDADE DO PIBID /
HIST / FACH – UFMS E OS DESAFIOS PANDÊMICOS
Em nossos escritos refletiremos sobre a
historicidade e os desafios enfrentados pelo PIBID no curso de História, na
Faculdade de Ciências Humanas, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,
no período pandêmico de 2020 – 2022. Dessa forma, adotaremos um tom discursivo
aproximado ao relato de experiência.
Vale mencionar que o Programa Institucional
de Bolsas de Iniciação à Docência [PIBID] é um programa vinculado à Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior [CAPES] e possui uma longa
trajetória no aperfeiçoamento da educação brasileira. Ele foi fundado através
da Portaria 38/2007 e teve como um dos seus idealizadores o Professor Dr. Jorge
Almeida Guimarães, que era presidente da CAPES no contexto da sua elaboração
[DOMINSCHEK; STENTZLER, 2019, p. 274]. O PIBID tem como bases legais: a Lei nº
9.394/1996, o Decreto nº 7.219/2010, a Lei nº 12.796/2013 e a Portaria 96, de
18 de julho 2013, por exemplo. O Programa busca construir uma ação política,
que ocorre em nível nacional e objetiva a formação de professores, através da
aproximação prática dos discentes com as escolas públicas, nos dois primeiros
anos de sua formação na licenciatura.
Segundo Glaucia Signorelli e
Marli André [2019, pp. 27-52], o PIBID justifica-se pela própria necessidade
que as licenciaturas apresentam de articular formação teórica e prática, o que
acaba por impactar na qualidade da educação básica. Tal justificativa se
encontra na própria portaria 96 de 2013. Entre os objetivos do PIBID,
verificamos no Art. 4º, port. 96 / 2013, que o programa
pretende:
I - incentivar a formação de docentes em
nível superior para a educação básica; II - contribuir para a valorização do
magistério; III - elevar a qualidade da formação inicial de professores nos
cursos de licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e
educação básica; IV - inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede
pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e
participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de
caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas
identificados no processo de ensino-aprendizagem; V - incentivar escolas
públicas de educação básica, mobilizando seus professores como co-formadores
dos futuros docentes e tornando-as protagonistas nos processos de formação
inicial para o magistério; VI - contribuir para a articulação entre teoria e
prática necessárias à formação dos docentes, elevando a qualidade das ações
acadêmicas nos cursos de licenciatura; VII - contribuir para que os estudantes
de licenciatura se insiram na cultura escolar do magistério, por meio da
apropriação e da reflexão sobre instrumentos, saberes e peculiaridades do
trabalho docente.
Logo, nota-se uma busca nítida pelo
protagonismo do licenciando, que passa a ter contato efetivo com as escolas, em
momentos anteriores aos estágios obrigatórios. Dessa forma, através do
cotidiano escolar, os discentes são levados a refletirem práticas de ensino e a
gerarem soluções para as suas atividades junto aos supervisores e orientadores.
De igual forma, os supervisores nas escolas e discentes também sofrem esse
impacto interacionista, o que gera desafios e novas visões para o saber
histórico escolar.
O Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência [PIBID] da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul foi
implementado no ano de 2009, com o estabelecimento de sete projetos voltados à
área das Ciências Exatas e da Natureza. Em 2010, ele foi ampliado para as
demais áreas e, a partir de 2012, abarcou o curso de História do Centro de
Ciências Humanas e Sociais, por meio do Edital 05/2012/ PIBID/UFMS, tendo como
coordenadora a Profa. Dra. Vivina Dias Sol Queiróz [UFMS]. Desde então, os
projetos foram realizados na Escola Estadual Hércules Maymone e, a partir de
2014, incluiu-se a Escola Estadual Emygdio de Campos Widal, contando com o
envolvimento de um [1] coordenador de área, quatorze [14] alunos e dois [2]
supervisores das escolas mencionadas. Das ações desenvolvidas por esses alunos,
cabe aqui mencionar os principais projetos que apontam para uma política
inclusiva.
Nos anos de 2012 e 2013, realizou-se o
projeto “África Negra em Sala de Aula”. O projeto buscou refletir sobre as
práticas de ensino ligadas às visibilidades dos personagens históricos
africanos e combater aos racismos presentes em nossa sociedade. Em 2014, sob a
nova coordenação da Profa. Dra. Vanderléia Paes Leite Mussi [UFMS], foi
realizado o Projeto “Tráfico de Pessoas e o Ensino de História” com o propósito
de estimular formas de prevenção e criar propostas combativas da exploração
humana dentro do âmbito escolar para crianças e adolescentes do ensino médio e
fundamental. Tal iniciativa também visou inserir estes debates no currículo
escolar, no sentido de evidenciar as formas do neo-escravismo no século XXI.
Assim sendo, ao trazer a discussão para as escolas sobre o tema “tráfico de
pessoas e exploração sexual de mulheres, adolescentes e crianças, em uma
abordagem pautada por aspectos políticos, econômicos e sociais ”, os acadêmicos
estariam: a] despertando o senso crítico do aluno, por meio do contato com o
tema; b] promovendo a participação dos jovens e professores dentro da realidade
da comunidade inserida e no âmbito da comunidade escolar; c] conscientizando os
alunos da educação básica sobre o tráfico de pessoas.
No ano de 2015, foram realizados dois
projetos: 1] “Desigualdades na busca por igualdade: Relações de Gênero e o
Ensino de História”, com os alunos do 3º ano do Ensino Médio da Escola Hércules
Maymone e tendo como objetivos: a] despertar o senso crítico do aluno, por meio
do contato com o tema; b] fomentar a reflexão acerca dos papéis estereotipados
atribuídos socialmente a homens e mulheres ao longo da história, desenvolvendo
atitudes de defesa da igualdade de direitos e do respeito à diversidade sexual;
c] refletir sobre a construção da cidadania e conquista de direitos pelas
mulheres e minorias sexuais no Brasil, resultado de reivindicações desses
grupos. 2] “Formação Política”, que teve implícita na sua execução a
perspectiva inclusiva no sentido de propiciar uma formação crítica aos alunos
para se colocarem como protagonistas sociais e políticos. Entre as ações
propostas, o reconhecimento e a importância da participação popular dos jovens
no enfrentamento dos mecanismos opressores e excludentes como elemento
primordial na promoção da equidade, cidadania e autonomia plena.
No ano de 2016 quatro projetos foram
elaborados para a temática do GT4 - novos conteúdos propostos pelo MEC. Os
projetos tiveram os seguintes objetivos de trabalho:1] “Aspectos históricos e
culturais da África Negra”, que consistia no trabalho com temáticas relativas à
História da África, no viés da contemporaneidade, da sua pluralidade étnica,
cultural, religiosa e, consequentemente, a cultura afro, cujos objetivos eram:
a] apresentar a diversidade e pluralidade do Continente Africano; b] promover a
cultura afro-brasileira, no sentido de conhecer e valorizar a História dos
povos africanos e afrodescendentes para a desconstrução de saberes
etnocêntricos e preconceituosos. 2] “Povos indígenas: de Protagonistas a
Coadjuvantes, um Processo Histórico”, que tinha como objetivo: a] analisar
criticamente, junto com os alunos, a questão indígena no Mato Grosso do Sul; b]
despertar o senso crítico do aluno, através do contato com o tema; c] refletir
sobre a construção da cidadania e da conquista de direitos pelos povos
indígenas, como resultado de reivindicações deste grupo; c] fomentar a reflexão
acerca dos papéis estereotipados atribuídos socialmente ao indígena. 3]
“Desconstruindo Paradigmas: Discriminação, Preconceito e Racismo - Uma
Abordagem em Direitos Humanos”, cujo objetivo central era: a] refletir sobre a
discriminação, o preconceito e o racismo na perspectiva dos direitos humanos;
b] conceituar e promover ações de inclusão na comunidade escolar; c] Fomentar o
debate acerca da diversidade cultural. 4] “Violações dos Direitos Humanos:
nazismo, segregação racial e ditadura civil-militar”. Tal proposta visava
analisar quais são os direitos humanos dentro de uma perspectiva histórica,
inerente a todos os seres humanos, independente de raça, sexo, nacionalidade,
etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição, verificando as formas e as
maneiras que os direitos humanos foram violados.
Para a execução das ações docentes dos
pibidianos nas salas de aula de história das escolas parceiras, os projetos
pautaram-se na metodologia de aulas expositivas dialogadas com a adoção da
prática da docência compartilhada, entre os membros do grupo. Para tanto, as
novas linguagens [cinema, música, literatura, fotografia etc.] no Ensino de
História foram muito utilizadas pelos acadêmicos, que também realizaram
oficinas e atividades coletivas com os alunos. Ao final da execução de cada
projeto os pibidianos apresentaram os produtos finais, fruto das proposições
práticas teóricas, metodológicas e pedagógicas, momento em que se procedeu a
avaliação e a auto avaliação que permitia contribuir para a produção de novos
conhecimentos pelos acadêmicos em sua formação inicial que estava ocorrendo não
somente na universidade, mas também na escola de educação básica.
Entretanto, o improvável ocorreu para
execução do Edital Capes nº 2/2020 e a Portaria Capes/GAB nº 259, de 17 de
dezembro de 2019. A partir de fevereiro de 2020, o planeta passou por uma
difusão em larga escala de uma pandemia que levou à morte de milhares de
pessoas, causada pelo SARS-Cov-2, ou COVID-19. Devido a questão de saúde
pública, passamos a conviver com uma nova realidade que nos manteve/mantêm, por
mais tempo, presos ao mundo virtual. Se pensarmos que os ambientes virtuais já
ganhavam espaços na sociedade, atualmente, eles parecem ocupar todos os espaços
de nossas vidas, incluindo a esfera educacional. Logo, até mesmo para nos
mantermos atuantes e reflexivos, a equipe do PIBID necessitou passar por
reformulações metodológicas e práticas.
Um novo coordenador da área foi designado
para representar a licenciatura de História da FACH / UFMS, em 2020. Assim, o
Prof. Dr. Carlos Eduardo da Costa Campos [UFMS] e a supervisora Profa. Ma.
Camila Comerlato procuraram compreender o mundo que se deparava em diálogo com
as experiências históricas presentes nas fontes e textos antigos junto com os
pibidianos e escolas. O conhecimento da História para ser levado aos discentes
da Escola Estadual Joaquim Murtinho [Campo Grande – MS], no contexto pandêmico,
ganhou novos contornos através do canal disponibilizado pela SED para as aulas.
Entretanto, a falta do letramento digital foi
um dos primeiros problemas enfrentados tanto pelos membros da equipe do PIBID,
quanto pelos alunos da Rede Básica. Há um discurso de que todos os jovens
atuais já integram uma geração de nato-digitais. Todavia, não se considera que
a juventude apresenta uma ligação com a internet e os recursos para
entretenimento, na maioria dos casos, assim não tendo habilidade ou
desprendimento para o estudo e a pesquisa, até mesmo o acesso ou funcionamento
adequado dos equipamentos ao mundo virtual, em algumas situações. Os últimos
pontos precisam ser melhor refletidos e debatidos no campo da educação.
Contudo, apesar dos desafios, os fatos citados tiveram de ser contornados e
aprendidos em equipe para a execução das atividades junto aos alunos da rede
básica. Buscamos adaptar didaticamente os recursos digitais em conformidade aos
conteúdos curriculares. Afinal, não se tratava apenas de apresentar um
conteúdo, mas de construir um aprendizado eficaz e instigante junto aos
discentes com o apoio tecnológico. Nessa perspectiva, o processo de
ensino-aprendizagem precisava ser modificado efetivamente, pois o conhecimento
histórico passava a ter como base as experiências dos discentes, e dos
pibidianos atuavam junto aos professores como mediadores nessa elaboração do
saber histórico escolar [FONSECA, 2003; CAMPOS, 2019, p. 24]. Assim, recursos
como vídeo aulas e podcasts foram sendo estudados, planejados e implementados
pela equipe. O youtube, o quiz, o instagram e o facebook também foram
utilizados pelos pibidianos, assim buscando maior interação com as turmas que
tinham acesso à internet. Tal elemento surpreendeu a equipe pelo retorno e
debate fornecido sobre os posts e o material instrucional produzido.
É importante destacar que o tema eleito para
a abordagem dos conteúdos foi a Pré-História, a Antiguidade e o Medievo,
alinhadas às demandas escolares dos discentes do Primeiro Ano do Ensino Médio.
A escolha foi motivada para promover um letramento histórico sobre esses
recortes temporais e desmistificar as visões torpes sobre o campo da
Pré-História, História Antiga e Medieval, como foram / são aventados nos
debates sobre a BNCC. A falta de conhecimento histórico sobre as vastas áreas
que integram a História precisa ser combatida na base. Ademais, vivenciamos
tempos de luta em conjunto pela História e não pela fragmentação da área, fator
esse que ao não ser refletido pode levar ao esfacelamento da disciplina e ao
aumento da perda de carga horária, como já estamos vivenciando na atualidade.
Dessa forma, os pibidianos foram preparados com abordagens conectadas à vida
atual, assim problematizando assuntos como: os usos do passado romano pelos
movimentos nazi-fascistas; a recepção do governo de Cleópatra e Júlio-César
através das produções de Chespirito; debates sobre beleza e corpo antiga e
contemporânea; práticas esportivas e a origem das Olimpíadas; as fake news através dos tempos; a História
da China Antiga e outros. O fascinante dessas discussões foi o impacto junto às
turmas e o retorno obtido, apesar dos problemas enfrentados de conexão e acesso
à internet.
Ademais, o projeto também buscou debater o
patrimônio arqueológico de Mato Grosso do Sul. Através dos estudos da Educação
Patrimonial foi possível problematizarmos a utilização dos conjuntos históricos
e da cultura material no processo de ensino-aprendizagem, mediante ações
implementadas junto ao acervo de Pré-História do Museu de Arqueologia da UFMS.
Assim, buscou-se elaborar um Ensino de História que valorizasse a identidade e
a memória presente no patrimônio de Mato Grosso do Sul.
Destacamos que o planejamento teve de
considerar por dois anos o contexto virtual como base de execução das suas
ações. Assim, observamos por esse período problemas graves para o processo de
ensino-aprendizagem, mesmo com todo o apoio e assistência escolar. Houve
momentos de falta de interação de parte das turmas da rede básica com os
pibidianos, sendo esse um complicador para o retorno de algumas atividades. Uma
questão observada por outros subprojetos e que deve ser levada em consideração
no processo de ensino-aprendizagem dos alunos da rede básica que vivenciaram
essa fase do isolamento social.
Em suma, enfatizamos que a manutenção e o
desenvolvimento do PIBID, na História / FACH / UFMS, em Mato Grosso do Sul, são
de grande relevância para a sociedade, uma vez que ele impacta diretamente no
aperfeiçoamento dos profissionais em formação da capital do Estado e que migram
em muitos casos para outras cidades. Nesse sentido, vivenciamos uma época em
que necessitamos reforçar o valor das Ciências Humanas. Assim, o PIBID se
configura como um instrumento valioso para a reflexão e a formação da
consciência histórica nas salas de aula. Evidenciamos que há, em nosso Estado,
uma grande demanda pela qualificação dos profissionais, porém estes encontram
diversos obstáculos. Sendo assim, o PIBID/HIST/FACH por ser direcionado ao
aprimoramento da formação docente em História, na capital do Estado, tem um
impacto significativo na qualidade de ensino nessa região metropolitana. Dessa
maneira, o corpo docente da UFMS, em seus quarenta anos de prestação de
serviços à sociedade, preocupa-se em formar e aperfeiçoar professores de
História da Educação Básica do Estado do Mato Grosso do Sul, procurando sempre
elevar os seus índices educacionais.
A curto e médio prazo o PIBID/HIST/FACH,
promovido pela UFMS, atingiu quantitativa e qualitativamente a formação de
docentes das Escolas Públicas e Privadas, nos Ensinos Fundamental e Médio.
Segundo dados do IBGE de 2018, o Estado de Mato Grosso do Sul possui um total
de 1.138 escolas de Ensino Fundamental e 421 escolas de Ensino Médio. Esse
quantitativo relaciona-se com um total 404.114 matrículas no Ensino Fundamental
e 102.123 matrículas no Ensino Médio, números que são expressivos e que são
impactados com o estabelecimento do PIBID - História em nosso Estado. No caso
de Campo Grande, o impacto pode atingir aproximadamente 263 escolas de Ensino
Fundamental e 101 escolas de Ensino Médio.
Baseados nos dados apresentados, inferimos
que o PIBID/HIST/FACH é vital para a prática docente em História, pois
compreende as dimensões do saber histórico no cotidiano dos cidadãos [RÜSEN,
2007, p.13]. Assim, a nossa equipe considera o Ensino de História como um ato
reflexivo que exige contextualização e sensibilidade para os diversos
resultados gerados no campo do ensino e pesquisa do Brasil. Além disso, o PIBID
amplia o diálogo entre a universidade e a sociedade, tão importante para as
instituições nessa época.
Referências biográficas
Carlos Eduardo da Costa Campos é Doutor e
Mestre em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da UERJ. Doutor
em Letras Clássicas pelo Programa de Pós-Graduação em Letras Clássicas da UFRJ.
Professor Adjunto de Pré-História, História Antiga e Arqueologia da UFMS / FACH
e docente do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de História [PROFHIST]
da Universidade do Estadual de Mato Grosso do Sul. Pesquisador do Museu de
Arqueologia da UFMS e do Museu Histórico Nacional. Coordenador do Grupo de
Pesquisa no CNPQ - ATRIVM / UFMS. Atuou como coordenador da área de História -
FACH no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência [2020-2022].
Vivina Dias Sol Queiroz é Graduada em
História e Pedagogia, Mestra e Doutora em Educação pela Universidade Federal de
Mato Grosso do Sul. Na Educação Básica foi professora na Educação Infantil, nos
anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, no Ensino Médio, na Educação de
Jovens e Adultos. Também foi diretora do Centro de Informática Educacional de
Mato Grosso do Sul e do Núcleo de Tecnologia Educacional de Campo Grande-MS. No
Ensino Superior foi professora da Universidade Anhanguera-UNIDERP, onde
trabalhou como docente nos cursos de Administração, Educação Física, Serviço
Social, Pedagogia e Turismo, na Coordenação Adjunta do Curso de Pedagogia na
Modalidade Presencial e como Coordenadora do Curso de Pedagogia na modalidade
EaD. Atualmente é professora associada da Universidade Federal de Mato Grosso
do Sul, diretora da Faculdade de Ciências Humanas [2017-2021- 2021-em
andamento] membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação [GEPPE]. Atuou
como coordenadora da área de História – Centro de Ciências Humanas e Sociais no
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência [2012-2014].
Referências bibliográficas
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Institucional de Iniciação à Docência -PIBID. Portaria 38/2007.
Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/portaria_pibid.pdf>.
Acessado em:20 jun.2016.
BRASIL. Decreto nº 7.219, de 24 de junho de 2010. Dispõe sobre o Programa
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Presidência da República, 2010. Disponível em
http:/WWW.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007- 2010/2010/Decreto/D7219.htm> Acessado em:17 jul.2022.
BRASIL. Ministério da
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CAMPOS, C. E. da C. Ensino de história antiga
romana e ambientes virtuais com temas históricos: alguns recursos disponíveis
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Dr. Carlos Eduardo Campos, o que um professor convocado que tenta trabalhar conteúdos e temáticas indígenas e africanos pode fazer quando esbarra em preconceitos dos próprios gestores escolares? Esse professor acaba incorrendo em risco de não ter seu contrato renovado, em determinda escola, quando suas propostas entram em choque com preconceitos de origem religioso bastante comum na sociedade brasileira. (Luciano Alonso Justino).
ResponderExcluirOlá Luciano, isso é mais comum do que você pode imaginar. Michel de Certeau já ensinou que para lidar com uma estrutura de poder, onde você está em nível de poder desigual, você precisa se utilizar das táticas de poder. Dessa forma, você deve realizar as suas ações porém buscando outra linguagem que possam ser aplicadas.
ExcluirÓtimo texto Prof. Dr Carlos. Sabe-se que o contexto pandemico reformulou toda a estrutura de ensino em âmbito global, além da dificuldade para lidar com os meios tecnológicos de ensino, quais outras dificuldades que os grupos e organizações dos programas mencionados tiveram?
ResponderExcluirAcesso a internet e principalmente a questão do compromisso de jovens que foram letrados a usarem a internet para lazer e não trabalho.
ExcluirCarlos Campos e Vivina Dias
ExcluirExcelente, professor dr. Carlos. Você pontuou que os alunos, mesmo inseridos num ambiente tecnológico, possuem dificuldades e até mesmo falta de interesse quando se trata de assuntos relacionados ao ensino. Ao seu ver, com a retomada das aulas presenciais, as escolas estão sabendo lidar com esses meios ou voltaram a ignorar tamanho potencial? E como conscientizar professores e direção que o aparelho de celular em sala de aula, por exemplo, não é inimigo da sala e deve ser companheiro? Atenciosamente. (Samuel de Gois Vida)
ResponderExcluirCreio que o problema primordial é conscientizar a comunidade escolar do celular como ferramenta. Não há um letramento social sobre isso, além do aluno ter celular não significa que ele tem recursos no dispositivo dele para atividades. Ou seja, numa atividade isso deve ser levado em consideração para ações em grupo, ao invés de individual.
ExcluirSobre o retorno, vemos com frequência que as escolas e universidades não apresentam ainda os recursos plenos para isso: notebook em sala, som e etc. Há lugares sem internet. Então, há vários contextos que vão até em nível de estrutura que dificultam esse uso, para além dos problemas comuns.
Excluir