OS PODCASTS NO ENSINO DE
HISTÓRIA EM CONTEXTO PANDÊMICO: AÇÕES PIBID HIST FACH
No contexto
pandêmico do COVID-19, diversos foram os desafios e adaptações que as
instituições educacionais passaram para ofertarem os seus serviços. Dessa
forma, apresentaremos algumas das experiências dos pibidianos do curso de
Licenciatura em História, da Faculdade de Ciências Humanas na Universidade
Federal do Mato Grosso do Sul. Vale mencionar que essas atividades tiveram como
orientador o Prof. Dr. Carlos Eduardo da Costa Campos - UFMS, além da
supervisão da Profa. Ma. Camila Comerlato – SED/MS, nas aulas de História das
turmas do 1° ano do ensino médio, da Escola Estadual Joaquim Murtinho, entre
2020 e 2021.
As mídias
digitais e seus impactos na educação
Conforme Raone Ferreira de Souza (2016), a
crescente evolução da informática, junto da globalização, propiciou um processo
de popularização das mídias digitais. Algumas Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC) como smartphones, computadores, Internet, dentre outras, se
tornaram mais acessíveis por inúmeros grupos sociais. Outra revolução tecnológica
significativa para a produção e consumo de conteúdo na internet foi a WEB 2.0.
De modo geral, a WEB 2.0 foi uma série de “transformações, principalmente a partir
do desenvolvimento de comunidades de compartilhamento, [que] tornaram cada vez
mais acessíveis os conteúdos produzidos na internet” (FERREIRA DE SOUZA, 2016,
p.6). Esse fenômeno digital foi imprescindível para a democratização do
conhecimento digital, com sites como o Wikipédia e ferramentas como o podcasting.
É nesse contexto de expansão do ciberespaço
que as mídias tradicionais – também chamadas de massivas – são preteridas.
Obviamente, isso não significa que as mídias tradicionais, como jornal,
televisão e rádio, deixaram totalmente de ser consumidas. Para mais, Pierre
Levy e André Lemos (2007) afirmam que, apesar do rádio e da televisão serem
amplamente populares, respectivamente, nas décadas de 40 e 60, essas
tecnologias perdem espaço para a Internet ao final da década de 90. (LEVY e
LEMOS, 2007 apud FERREIRA DE SOUZA, 2016, p.13-14).
Por conta da falta de possibilidades de
interação, produção, crítica e compartilhamento, as mídias pós-massivas –
Podcast, YouTube e afins – assumiram o papel de comunicar e informar a
população no século XXI. Isso acontece em razão das mídias pós-massivas
viabilizarem a opinião pública com emissão mais livre. Logo, Raone Ferreira de
Souza (2007, p.15) defende que a internet se torna um local onde existe uma
ciberdemocracia, visto que os debates e as conversas não são controlados por
centros editores de informação.
Vale ressaltar que o processo de WEB 2.0 e suas derivações impacta na
maior produção de conteúdos digitais. Consequentemente, o consumo aumenta,
visto que existe uma variedade maior de temáticas e materiais. Isso se
relaciona diretamente com o campo da educação, tendo em vista que surge a
oportunidade de se apropriar do meio digital com finalidades educacionais.
Sendo assim, muitos recursos digitais voltados para a educação, como podcasts,
vídeo aulas no YouTube, cursos digitais e etc., começam a surgir e se
popularizar.
Destarte, nota-se que as mudanças no
ciberespaço e nas tecnologias oferecem impactos diretos à educação formal. Como
mostra Silva (2019, p.15), “90% dos brasileiros entre 15 e 17 anos utilizam os
telefones celulares para acessar a Internet” e “89% dos estudantes de escolas
públicas já utilizaram esse recurso para efetuar pesquisas escolares”. Ou seja,
as TIC também estão presentes nas salas de aula e podem ser empregadas como
recursos pedagógicos para dinamizar o ensino-aprendizagem.
Proporcionando a reflexão, criatividade,
colaboração, leitura e o interesse pela pesquisa, o uso das TIC como
ferramentas pedagógicas permite uma aprendizagem significativa e efetiva.
Contudo, Silva (2019, p.17) explicita que as mídias digitais não podem ser
meros artifícios de divertimento da aula, e sim devem auxiliar a aprendizagem
autoral e libertadora dos educandos.
Entretanto, é evidente que existe um conflito
entre o analógico (escola) e o digital (redes de informação). Consoante com
Raone Ferreira de Souza (2016, p.19), há um despreparo tanto por parte dos
professores quanto das escolas em lidar com as tecnologias recentes. Dessa
forma, os professores deixam de manusear as mídias digitais como recursos
pedagógicos por inabilidade técnica, falta de tempo para planejamento ou
obstinação.
Já Marques (2014 apud SILVA, 2019, p.15-16)
coloca que a disputa que existe entre elementos tradicionais, como cadernos,
livros e professores, e equipamentos com acesso à internet, como smartphones e
computadores, gera uma indisposição com as tecnologias digitais. Não obstante,
as TIC, como o podcast, são instrumentos eficazes para dinamizar as aulas e
promover um ensino significativo. Como Garofalo (2019) justifica:
“Os alunos, em diferentes graus, estão
conectados pelas redes sociais. Em seu dia a dia, eles já fazem uso de serviços
de streaming de áudio e acessam podcasts. Exatamente por ser algo que
que faz parte de seu convívio, o professor pode aproveitar essa aceitação para
desenvolver atividades e projetos que utilizem podcasts, com intencionalidade e
de maneira significativa” (GAROFALO, 2019).
O que é o podcast
e qual sua utilização dentro do pibid hist fach
À vista disso, o PIBID de História
(FACH-UFMS) optou por usar o podcast como ferramenta de ensino com as turmas de
1° ano da E.E. Joaquim Murtinho. Em consequência da pandemia global de
COVID-19, as aulas presenciais foram transformadas em aulas de ensino remoto.
Dessa forma, as TIC, que já vinham sendo incluídas nos processos educacionais,
tiveram uma expansão rápida.
Por conseguinte, com a orientação do
coordenador Carlos Eduardo da Costa Campos e da supervisora Camila Comerlato,
os pibidianos criaram e disponibilizaram podcasts sobre diversos temas.
Entretanto, antes do aprofundamento das ações realizadas pelo PIBID HIST FACH,
é mister entender o que é o podcast e qual sua relevância para a educação.
De acordo com Débora Garofalo (2019), o
podcast nada mais é do que um arquivo de áudio transmitido pela internet,
podendo ser facilmente acessado por um software agregador. Quanto a definição
de Silva (2019, p.20), ele reforça que o podcast é um termo para a distribuição
de conteúdo pela internet por intermédio de um Feed RSS. Silva (2019, p.20) diz
que a definição mais correta para Feed RSS seria: “um formato de arquivo no
qual é possível adicionar informações sobre uma determinada mídia, de modo que
os agregadores de feed possam disponibilizar de forma automática, mediante
assinatura, o conteúdo aos usuários.
Frisa-se que somente existe podcast se houver
a disponibilização do arquivo de áudio via Feed RSS. Isto é, atrações de áudios
que não disponibilizem Feed RSS são audiologs, e não podcasts. Em suma, Bodart
e Silva (2021, p.3) esclarecem que o podcast:
“[...] consiste em conteúdos de áudio que
podem ser acessados aqualquer hora e lugar, permitindo ser armazenado em
dispositivos capazes de reproduzir os arquivos. Trata-se de publicações em
ficheiros multimídia disponibilizados na internet, o que ficou denominado de
Podcasting. Embora o nome podcasting remete diretamente ao iPod, da Apple, pode
ser produzido, feito upload, baixado e ouvido por outros equipamentos
tecnológicos, principalmente celulares e computadores”.
Contudo, o podcast não pode ser associado ou
comparado ao rádio, tendo em vista que as duas tecnologias possuem diferenças
perceptíveis. Para Ferreira de Souza (2016, p.7) a distinção mais nítida é a de
que no rádio não existe a possibilidade de os consumidores escolherem o
recebimento de conteúdo. Por consequência disso, a relação entre usuários e
produtores é unilateral, enquanto no podcast essa relação é mais interativa.
Corroborando com a tese de Ferreira de Souza,
Silva (2019) aponta outras divergências nas duas mídias digitais, como por
exemplo, o podcast não precisar ser transmitido em tempo real. Além disso, o
podcast também alcança um número maior de consumidores, posto que a internet
pode ser acessada em qualquer local por qualquer um. Em síntese, o podcast é
mais acessível e dinâmico que as estruturas engessadas do rádio, sendo que o
público ouvinte se sente mais incluso dentro dessa TIC.
Posto isto, Bodart e Silva (2019, p.22)
demonstram que o podcast é uma mídia atrativa para jovens e adolescentes por
proporcionar uma aprendizagem facilitada, interativa, acessível e profunda.
Levando em consideração um ensino autoral e significativo, essa mídia digital
“potencializa a autonomia discente, levando-os a descobrir fontes de pesquisas
e a tomar decisões quanto a seleção das informações encontradas”. Outrossim, o
uso do podcast nas salas de aula auxilia na melhoria da “oralidade, [...]
escrita, o compartilhamento de conteúdo entre os (as) estudantes e a construção
da autoestima do corpo discente”.
Também não se pode negar que a pandemia
evidenciou a necessidade de o ambiente escolar aplicar métodos educativos mais
tecnológicos e coerentes com a realidade dos discentes. Segundo estimativas do
PodPesquisa (2020) o número de ouvintes de podcast em 2019, antes da pandemia,
era 17,3 milhões; já no final de 2020 e início de 2021, esse número subiu para
cerca de 20 a 34,6 milhões. Assim, urge a necessidade de um ensino integrado
com as experiências e vivências tecnológicas dos estudantes.
Apesar da potencialidade pedagógica dos
podcasts, existem poucas pesquisas e trabalhos acadêmicos voltado para essa
mídia. Para Ferreira (2016, p.12), “poucos pesquisadores e professores tem
produzido trabalhos que discutem o podcast a partir de práticas de ensino,
criando metodologias ou reflexões produzidas no contexto da sala de aula a
partir de enfrentamentos empíricos”. Ratificando isso, Bodart e Silva (2019,
p.8) complementam o pensamento enfatizando que recursos mais tradicionais, como
músicas ou filmes, possuem uma produção acadêmica muito maior se comparada ao
podcast.
Desta maneira, o PIBID, com o intuito de não
somente dinamizar suas ações, mas também se adequar ao contexto pandêmico, elaborou
podcasts que fossem significativos para o ensino de História. Com temas sobre
História Antiga – China, Grécia, Roma, Egito e Hebreus –, Medieval – Feudalismo
e escravidão – e Antiguidade Tardia, os pibidianos conseguiram montar podcasts
curtos e atrativos.
Basicamente, os podcasts foram construídos
com intervalos de 5 a 10 minutos. O tempo curto foi escolhido para não causar
fadiga nos alunos, e tampouco ser evasivo demais. Além disto, todo o material
de áudio produzido pelos pibidianos ficou disponível na plataforma de streaming
e música do Spotify. Isto será feito
com o escopo de que o conhecimento produzido pelos universitários não se
restrinja apenas ao ambiente acadêmico. O conteúdo dos podcasts deve ser
compartilhado com a comunidade, para que assim exista um diálogo entre
universidade e sociedade.
O podcast e
a ressignificação do ensino
A comparação entre passado e presente, dentro
do processo ensino-aprendizagem, é essencial para a identificação de
permanências e diferenças entre os séculos abordados. Em resumo, o ensino de
história é a atribuição de sentido no tempo e as salas de aula devem ser
compreendidas como espaços de experiências das quais abordam o passado e as
questões do presente. Visto que, conforme Raone Ferreira de Souza (2017), os
professores de história ensinam segundo seu espaço de experiências por serem
construídos socialmente.
A pedagogia engajada é capaz de exemplificar
a importância em definir o significado do conteúdo para o aluno, para que lhe
faça sentido. Tal processo é sucedido por meio da compreensão da realidade que
aquele indivíduo (o estudante) está inserido. Conforme bell hooks (2017, p.17)
“os alunos teriam de ser vistos de acordo com suas particularidades individuais
[...] e a interação com eles teria de acompanhar suas necessidades”, portanto,
além de fazer-se presente no contexto de cada aluno, o professor deve ser
aberto e adotar a autoatualização como ferramenta pedagógica.
Tratando-se de um contexto pandêmico,
especialmente, a necessidade em adaptar-se aos recursos midiáticos passou a ser
urgente. A partir do pressuposto de que, geralmente, os professores não estão
preparados para lidar com os recursos tecnológicos, como esses indivíduos, sem
um amparo da instituição e comunidade educacional, irão conciliar suas
didáticas com o ensino remoto?
Concordante ao pensamento de Maurício Silva
(2019) “[...] é difícil para um professor produzir material didático que
aproveite o potencial desses recursos tecnológicos, ainda mais se o professor
não possuir formação para isso”. Portanto, o estímulo à atualização do ensino e
a abordagem do mesmo deve ser articulada pela corporação educacional, tal como
cursos profissionalizantes e formações continuadas - responsáveis por
assegurar a atuação dos docentes.
Em busca de recursos tecnológicos capazes de
dinamizar o ensino remoto, a ferramenta “podcast” destaca-se pela capacidade em
promover diálogos e debates entre os próprios estudantes para com o docente.
Esse tipo de interação promove o compartilhamento de experiências sociais e
aprendizagens que servem de apoio para o ensino e compreensão dos conteúdos
abordados. Além de ser um recurso gratuito, o podcast é responsável,
similarmente, pela construção de um espaço democrático, do qual todos sintam-se
seguros em partilhar suas percepções e dúvidas.
Imersos no ambiente digital, a nova geração
demonstra-se progressivamente mais imediata. Ainda que a internet esteja cheia
de informações e dados que são responsáveis por oferecer suporte em pesquisas
científicas, sem a presença de um mediador do conhecimento, neste caso um
professor, esses elementos estão dispersos e desorganizados. Em outras
palavras, bem como afirma Raone Ferreira de Souza (2017), a disponibilidade de
informações - presente na plataforma Google - não quer dizer qualidade. É
preciso que um profissional contextualize, intérprete e dialogue acerca dessas
temáticas com os alunos.
É interessante ressaltar também que o
ambiente virtual é propício a diversas manipulações, responsáveis por estimular
o fenômeno da Fake News. Sem o olhar
de um profissional acerca de uma determinada informação, a mesma pode ser utilizada
fora do contexto e propagada no senso comum, influenciando diretamente no
âmbito educacional. Pela maior facilidade em produzir conteúdos inverdadeiros,
há uma maior preferência pelas fontes históricas tradicionais, especialmente os
livros didáticos.
Por outro lado, a utilização de apenas uma
fonte histórica carece das variadas perspectivas e abordagens que o ensino é
capaz de proporcionar aos alunos. Uma temática precisa ser analisada a partir
de diversas narrativas e, diferente dos meios tradicionais, o ambiente virtual
serve para complementar a didática.
Considerações finais
O mundo virtual permite a aglomeração de
informações dentro da web, isto é, documentos, textos, imagens, pinturas e
demais recursos necessários para construir-se uma narrativa estão disponíveis
online e geram um estímulo à acessibilidade. Entretanto, é preciso compreender
a relação entre a história e o digital, tanto na profissão do historiador como
na profissão do professor de história. Ainda que o meio virtual tenha revolucionado
as maneiras de produzir saberes científicos, é preciso compreender os limites e
as fontes do mundo cibernético.
A busca por uma preservação das fontes
materiais é, similarmente, responsável pela intensificação da utilização do
meio digital, do qual adota a digitalização dos documentos físicos para
democratizar o acesso desses arquivos. Por outro lado, esse processo tende a
parecer frágil devido às possíveis manipulações do usuário que o
disponibilizou. Logo, ao mesmo tempo em que a acessibilidade deve ser
promovida, é preciso conservar os ambientes intelectuais tradicionais, tais
como bibliotecas e arquivos, com o intuito de preservar a memória.
É de suma importância que o professor adote
uma postura de protagonismo frente às novas atualizações na esfera da
cibercultura, por diversas razões, mas especialmente, para adentrar no “mundo”
dos estudantes e relacionar as temáticas do ensino conforme as respectivas
realidades. A historicidade deve estar presente fora da sala de aula com o
objetivo de estimular a criticidade e dinamizar a aprendizagem, tal como a
compreensão da letra de uma música que pode servir de “gatilho” para a
percepção da realidade de quem a escreveu.
Tratando-se especificamente do podcast e
sabendo-se que o mesmo está relacionado intrinsecamente com as experiências e
escolhas do docente, o conteúdo e a abordagem escolhida devem ser
problematizadas, pois compõem similarmente os saberes históricos. Essa
ferramenta digital, bem como afirma Raone Ferreira de Souza (2017), é
caracterizada pela polifonia, ao passo em que discentes e docentes
complementam-se como produtores dos saberes históricos.
Não somente pela interação entre
aluno-professor, mas também pela facilidade em compartilhar o conhecimento via
internet. O “peso” de um podcast, comparado a uma vídeo aula, é relativamente
mais leve e não irá interferir de maneira significativa na memória (do recurso
midiático) de quem a detém. Além de não ser necessário uma grande elaboração
por parte do docente – fatores como cenário, vídeo e visual –, somente a
garantia de uma boa qualidade de som e o enfoque na abordagem do tema.
Referências biográficas
Isabela Barbosa Rodrigues –
Graduanda na licenciatura de História pela FACH / UFMS e atuou como bolsista no
PIBID-HISTÓRIA-FACH / UFMS entre 2020-2022.
Jéssica Vitória Gaspar – Graduanda na licenciatura de História pela FACH / UFMS
e atuou como bolsista no PIBID-HISTÓRIA-FACH / UFMS entre 2020-2022.
Referências bibliográficas
BODART, C. das N.;
SILVA, Z. P. dos S. Podcast como potencial recurso didático para prática e a
formação docente. Ensino em
Re-Vista, [S. l.], v. 28, n. Contínua, p. e042, 2021. DOI:
10.14393/ER-v28a2021-42. Disponível em:
<https://seer.ufu.br/index.php/emrevista/article/view/61664>. Acesso em:
27 jan. 2022.
FERREIRA DE SOUZA, Raone. Usos e
possibilidades do Podcast no Ensino de História. Dissertação (Mestrado) –
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de História, Programa de
Pós-Graduação em Ensino de História, Rio de Janeiro, 2016. Disponível em:
<https://seer.ufu.br/index.php/emrevista/article/view/61664>. Acesso em:
07 jan. de 2022.
FERREIRA DE SOUZA, Raone. O podcast no ensino
de história e as demandas do tempo presente: que possibilidades? - Transversos:
Revista de História. Rio de Janeiro, n. 11, dez. 2017.
GAROFALO, Débora. Chegou a hora de inserir o
podcast na sua aula. Nova Escola, 2019. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/18378/chegou-a-hora-de-inserir-o-podcast-na-sua-aula>.
Acesso em: 07 jan. de 2022.
HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: a
educação como prática de liberdade. - 2. ed. - São Paulo: Editora WMF Martins
Fontes, 2017. p. 17
SILVA, Maurício Severo da. O uso do Podcast
como recurso de aprendizagem no ensino superior. Dissertação (Mestrado) – Curso
de Ensino, Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 2019.
Disponível em: <http://hdl.handle.net/10737/2533>. Acesso em: 07 jan. de
2022.
PODPESQUISA 2020-2021. Associação brasileira
de podcasters, 2020. Disponível em:
<https://abpod.org/wp-content/uploads/2020/12/Podpesquisa-Produtor-2020-2021_Abpod-Resultados.pdf>.
Acesso em: 07 jan. de 2022.
Conforme abordado no texto, durante a pandemia o podcast se tornou popular entre professores inclusive na educação básica. Como sabemos, o podcast possui muitos benefícios que uma aula em vídeo não teria, porém, não podemos negar que o recurso visual que uma videoaula proporciona auxilia na compreensão do aluno. Na opinião das autoras, em quais situações seria mais interessante utilizar um podcast ou uma videoaula? As autoras acreditam que dependendo do conteúdo ou do público alvo da aula (ensino básico ou superior) uma maneira de gravar a aula (podcast ou videoaula) seria mais interessante e mais aplicável do que a outra?
ResponderExcluirNome: Mirela da Silva Santos
Eu particularmente sou muito mais visual, aprendo com maior facilidade vendo imagens, slides e etc. Acredito que seja interessante utilizar o podcast quando o conteúdo é mais teórico, aborda mais conceito e/ou para incitar um debate. Porque, por exemplo, se formos abordar o Império Bizantino e as artes do período, a formulação de um podcast talvez não faça sentido pro público alvo, os alunos precisam ter a percepção dos recursos visuais que estamos abordando. Quanto à última pergunta, tudo depende do objetivo teórico-prático. Se o professor quiser desenvolver certas habilidades, como a timidez ou a oratória, penso que a vídeo aula é a melhor saída. Já o podcast permite um aprendizado diferenciado, sendo possível uma abordagem mais leve. No entanto, é indispensável frisar que ambos os recursos possuem sua utilidade no ensino de história.
ExcluirNome: Isabela Barbosa e Jéssica Vitória Gaspar Freitas
Parabéns Isabela e Jéssica. Parabéns para todos vocês por toda dedicação e compromisso pelo pibid e pela divulgação dos resultados.
ResponderExcluirAmbas estamos profundamente gratas de ter a oportunidade de participar desse evento. Obrigada professor por todo apoio, carinho e incentivo ao longo de nossa trajetória como pibidianas.
ExcluirAbraços, mestre!!
Isabela Barbosa e Jéssica Vitória
Exelente ponto de reflexão e contexto trazidos no presente texto. Minha pergunta seria em torno a utilização ainda do podcast como meio de ensino a distância em si, ou seja, o podcast pode ou por vezes ser utilizado como esse meio ainda? Seja para publicar aulas ou como meio de reforço pedagógico para os alunos.
ResponderExcluirNome: Daniel Carballo
O podcast, como exemplificado no artigo, possui muitas utilidades. Se bem empregado, ele pode ser utilizado tanto no ensino à distância como no ensino presencial. A diferença da boa prática pedagógica do podcast depende, ainda que não exclusivamente, do professor. Da mesma forma que o professor não pode passar um filme como somente distração para estudantes, o podcast não deve ser só mais uma metodologia desvinculada da educação reflexiva. Posto isto, o podcast pode sim ser usado no ensino à distância como uma aula complementar, aula base ou reforço. No entanto, trago uma reflexão: por que não relacionar o podcast como uma forma de empoderar e trazer autonomia aos estudantes? O podcast é excelente modo de ensinar aos alunos sobre pesquisa histórica e produção de materiais. Os discentes têm a possibilidade de criar algo próprio. Lembrando que o podcast é de fácil criação; se o aluno possuir um fone de ouvido e um celular, tcharan! Ele já consegue produzir algo. Espero ter solucionado sua dúvida, e quem sabe, fomentado algumas questões críticas. Obrigada!
ExcluirNome: Isabela Barbosa Rodrigues e Jéssica Vitória
Boa tarde, muito bacana a experiência.
ResponderExcluirMinha pergunta é se o projeto continua com o retorno presencial e de que forma? Na minha escola começamos o trabalho com podcast, mas o retorno presencial deixou mais complicado a produção, devido ao tempo mais reduzido.
Gratidão
Harian Braga
Professor da Rede Municipal de Campinas-SP
Olá, agradecemos a atenção. O PIBID é um projeto de iniciação à docência que tem duração de 1 ano e 6 meses. Nós começamos em setembro de 2020, logo, no presente momento, já acabamos a experiência. No que tange ao ensino presencial, não tivemos contato com a vivência. Isso porque quando os alunos estavam retornando ao presencial, por meio de um rodízio, nós (pibianos) não podíamos estar na sala de aula para justamente evitar a superlotação. Nossos materiais, no entanto, foram passados aos estudantes durante as aulas, quando a professora queria complementar o conteúdo. Infelizmente não tivemos o contato com o presencial :(
ExcluirPor: Isabela Barbosa Rodrigues e Jéssica Vitória
Boa noite. O uso de podcast foi também utilizado por mim durante a pandemia, visto que compunha o PIBID. Diante do exposto, o uso de podcast como ferramenta de ensino pode gerar confusão se não bem explicitado e trabalho. Por outro, é uma alavanca para despertar o interesse e participação em aula dos alunos. Assim sendo, diante desses dois casos, como usar esse recurso sabendo da sobrecarga dos professores? E o podcast deve ser usado como conteúdo básico ou completar? (Samuel de Gois Vida)
ResponderExcluirBoa noite, excelente pergunta. Acreditamos que alguns professores realmente não conseguem formular um podcast do zero, mas existem muitos na internet e no próprio spotify que pode ser avaliado pelo professor e, posteriormente, passado aos alunos. Assim, não sobrecarrega o profissional e ajuda a democratizar um material didático. Já quanto ao uso dele em conteúdo básico ou complementar, depende. Por ser uma metodologia dinâmica, não existe uma fórmula pre-concebida. Sem embargo, ela deve ser muito bem empregada. Isto é, deve ser usada com muita responsabilidade. Esperamos ter respondido
ExcluirNome: Isabela Barbosa Rodrigues e Jessica Vitória